Museu do Seringal Vila Paraíso
Inaugurado no dia 16 de agosto de 2002, como ecomuseu e projeto turístico da Secretaria de Estado de Cultura - SEC, o museu retrata a realidade de um seringal de época, mais especificamente do período do Ciclo da Bocharra do final do século XIX e começo do século XX. O local foi construído para ser o cenário do filme A Selva, do diretor português Leonel Vieira com parceria entre Brasil e Espanha, baseado no romance A Selva do escritor português Ferreira de Castro.
Os produtores do filme investiram 10 milhões de reais, sendo que 600 mil foram patrocinados pelo governo do Estado. O Estado pediu como contrapartida o espaço do cenário e o navio Justo Chermont, um navio de época utilizado nas filmagens.
O museu localiza-se no Igarapé São João, afluente do Igarapé Tarumã-Mirin, margem esquerda do Rio Negro, na zona rural do município de Manaus. A ida para o local dá-se somente por via fluvial, tendo que pegar um barquinho na Marina do David no bairro Ponta Negra, com tempo aproximado de 25 minutos.
O museu localiza-se no Igarapé São João, afluente do Igarapé Tarumã-Mirin, margem esquerda do Rio Negro, na zona rural do município de Manaus. A ida para o local dá-se somente por via fluvial, tendo que pegar um barquinho na Marina do David no bairro Ponta Negra, com tempo aproximado de 25 minutos.
Figura: croqui da área do museu Fonte: panfletos de divulgação da SEC Melhorias da imagem atribuída a Carlos Celes, 2010. |
O percurso da visitação guiada está divido em treze partes de um roteiro que explica o processo técnico, social e econômico de como funcionava um seringal na época do Ciclo da Borracha. O público começa a visitação já no desembarque, no trapiche seguindo para o casarão do seringalista, onde há vários móveis e objetos de época. O percurso prossegue no barracão de aviamento, uma espécie de comércio local no qual os seringueiros entregavam as pelas da borracha e adquiriam os produtos manufaturados. Depois, segue-se à capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição e, logo em frente, à casa do banho das mulheres. O próximo passo é a trilha das seringueiras, nesse momento pode-se conhecer a técnica de extração ao processo de coleta do látex. Esta mesma trilha conduz ao tapiri de defumação da borracha (ou casa de defumação), onde são confeccionadas as pelas. A visita continua à casa do seringueiro, depois ao cemitério cenográfico. Em seguida, retorna à sede do seringal, com passagem pela estrebaria, na casa de farinha e finalizando no barracão dos seringueiros.
Fonte: Rila Arruda, 2010. |
O Estado oficialmente divulga o Museu do Seringal como ecomuseu. Para pensar melhor essa tipologia de museu é necessário em outro artigo fazer um breve balanço do termo e seus desdobramentos, pois o museu é resultado de um projeto cinematográfico no qual o Estado se apropriou do espaço para transformar em ecomuseu. É o único espaço museológico da SEC que há o pagamento para o seu acesso, de cinco reais, para a manutenção.
Texto: Rila Arruda /rila.arruda@gmail.com
Para saber mais : http://www.youtube.com/watch?v=VC5vwEbd6EI
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Apesar de não ter um conhecimento profundo das categorias de museus aplicadas pela museologia não creio que o termo ecomuseu caiba para a descrição do Museu do Seringal Vila Paraíso, que aliás quero visitar na próxima vez.
ResponderExcluirUm lindo lugar cheio de histórias que apesar de ser cenográfico traduz a vida de muitos e esbanja realidade. Adorei o local e a taxa de visita é simbólico diante de tanta história que deve ser preservada.
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